29 settembre 2006

Sotto le stelle

Sotto le stelle
Ci sono tanti pensieri e frammenti
Sotto le stelle

Nascono degli sogni sconosciuti
Sotto le stelle

Cerco la mia pace
Sotto le stelle

Ne possiamo trovare le parole giuste
E vivere dei momenti incancellabilli
Sotto le stelle

Siamo bagnati dalle luci
Che ci portano verso l'infinito
E q
ualche volta
Sentiamo
La voce dell' anima...

Carla Augusto




27 settembre 2006

L'INNO... SEMPRE BELLINNO!

INNO DI MAMELI

Fratelli d'Italia,
l'Italia s'è desta,
dell'elmo di Scipios'
è cinta la testa.
Dov'è la vittoria?
Le porga la chioma,
che schiava di Roma
Iddio la creò.
Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l'Italia chiamò.
Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l'Italia chiamò, sí!
Noi fummo da secoli
calpesti, derisi,
perchè non siam popoli,
perchè siam divisi.
Raccolgaci un'unica
bandiera,
una speme:
di fonderci insieme
già l'ora suonò.
Uniamoci, uniamoci,
l'unione e l'amore
rivelano ai popoli
le vie del Signore.
Giuriamo far libero
il suolo natio:
uniti, per Dio,
chi vincer ci può?

Rómulo e Remo


Na origem da fundação de Roma encontra-se a lenda dos irmãos Rómulo e Remo.
Quando a sua mãe, provavelmente uma princesa latina, foi assassinada por um tio, os bebés gémeos foram lançados ao rio Tibre.
Foram salvos por uma loba, que os amamentou e criou como sendo seus filhos, incutindo-lhes a ferocidade e a lealdade.
Quando atingiram a idade adulta, decidiram fundar conjuntamente uma cidade.
No entanto, acabaram por se defrontar, travando uma luta de morte, da qual Rómulo saiu vencedor, fundando, então, a cidade eterna que ficou com o seu nome.
Ir a Roma e não ver a estatueta da loba e dos gémeos assemelha-se a ir a Roma e não ver o Papa...
Digo-vos eu que, completamente extasiada, tive a magnífica oportunidade felicidade de a contemplar.

Il Dolce Naufragar


L'Infinito

Sempre caro mi fu quest'ermo colle,
E questa siepe, cha da tanta parte
Dell'ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e mirando, interminati
Spazi di là da quella, e sovraumani
Silenzi, e profondissimamente quiete
Io nel pensier mi fingo; ove per poco
Il cor non si spaura. E come il vento
Odo stormir tra queste piante, io quello
Infinito silenzio a questa voce
Vo comparando: e mi sovvien l'eterno,
E le morte stagioni, e la presente
E viva, e il suon di lei. Così tra questa
Immensità s'annega il pensier mio:
E il naufragar m'è dolce in questo mare.

Giacomo Leopardi, Canti

Giacomo Leopardi é, provavelmente, depois de Dante e Petrarca, a maior figura da poesia italiana.
Influenciado por poetas gregos como Píndaro, Anacreonte, Homero e Safo, na escrita leopardiana transparece o recolhimento lírico e o amanhecer dos mais profundos sentimentos.Da sua obra poética, escrita entre 1818 e 1837, destaca-se o título Canti, onde se encontram reunidas algumas das suas mais belas composições poéticas de ardor pessoal e patrióticoas quais revelam ainda a influência de outro grande poeta, Alfieri, por quem Leopardi nutria grande admiração.
”L’infinto” é o mais curto dos seus poemas e também o mais evocado. É também o meu preferido.Trata-se de um poema-imagem onde as palavras leopardianas assumem o contorno de uma voz límpida, onde tudo se diz e se respira com a energia de um impulso vital.

Nel mezzo del cammin...



Nel mezzo del cammin di nostra vita
mi ritrovai per una selva oscura,
ché la diritta via era smarrita.
Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
esta selva selvaggia e aspra e forte
che nel pensier rinova la paura!
Tant'è amara che poco è piú morte;
ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
dirò de l'altre cose ch'í v'ho scorte.

Dante Alighieri, La Divina Commedia, Canto I

Os meus passos
perdem-se

na noite
enquanto a minha alma
respira

nas páginas do Poeta...

Elegia Romana

Falai-me, ó pedras!
Oh falai, vós altos palácios!
Ruas, dizei uma palavra!
Génio, não te moves?
Sim, tudo tem alma nos teus santos muros,
Roma eterna,
só p’ra mim tudo se cala ainda.
Quem me diz segredos,
em que fresta avisto
Um dia o ser belo que queimando me alivie?
Não pressinto ainda os caminhos,
pelos quais sempre,
P’ra ir dela e p’ra ela,
sacrifique o tempo precioso?
Ainda contemplo igrejas,
palácios, ruínas, colunas,
Homem composto, decoroso, que aproveito a viagem.
Mas em breve passa:
então haverá um só templo,
O templo do Amor, que se abra e receba o iniciado!
És um mundo em verdades,
ó Roma,
mas sem o Amor
O mundo não era mundo,
e Roma não era Roma.

Johann Wolfgang von Goethe

VIRGÍLIO

"Lembra-te, romano,
que esta será a tua missão:
governar as nações;
manter a paz sobre a lei;
poupar os vencidos;
esmagar os soberbos!"

Virgílio*

* (70 - 19 a.c.)

Ottavio Augusto



"Augusto* era de uma rara beleza (...).
O seu rosto transmitia calma e serenidade (...).
Os seus olhos eram vivos e brilhantes;
ele queria mesmo fazer crer que no seu olhar havia
como que uma autoridade divina
e quando ele fixava alguém
gostava que lhe baixasse a cabeça,
como se estivesse ofuscado pelo sol."

Suetónio, Vida dos Doze Césares, Augusto

* (63 a.c. - 14 d.c.)

Do teu olhar




E se de repente
pudesse fazer o tempo recuar?
Desenharia o teu rosto
com os traços da eternidade...

Pudesse eu
ter-te a meu lado
e nunca mais teria sede

O meu coração
planície
onde a neve jamais se derrete
declama o teu nome
como um pássaro perdido

Olho para o céu
vejo a tua luz
já reflectida nestes campos
de flores silvestres
que nunca definharão

Com um bater de asas
uma andorinha
vem pousar no meu ombro
e sinto toda a ternura
do teu olhar

Até sempre, Paizinho.

Il Mio Grande Principe



Io credo che egli approffitò,
per venirse via,
di una migrazione di uccelli selvatici...

Antoine de Saint-Exupéry, Il Piccolo Principe

(A mio Padre, il mio Angelo di Luce)

Caro Babbo,
sei tu

il mio Principe
ieri
oggi
e per sempre

ti amo
e vivo
nel tuo cuore

e vivi
nel mio cuore




Và dove ti porta il cuore




E quando poi
davanti a te
si apriranno tante strade
e non saprai quale prendere,
non imboccarne una a caso,
ma siediti e aspetta.
Respira con la profondita fiduciosa
con cui hai respirato
il giorno in cui sei venuta al mondo,
senza farti distrarre da nulla,
aspetta
e aspetta ancora.
Stai ferma,
in silenzio,
e ascolta il tuo cuore.
Quando poi ti parla,
alzati
e va' dove lui ti porta.

Susanna Tamaro, Và dove ti porta il cuore


Susana Tammaro, é uma escritora que aprecio imenso, quer pela diversidade temática que aborda nos seus livros, quer pela forma como sabe tocar e descrever a alma humana.


Nota- Este foi o primeiro post que publiquei no antigo qumtembocavaiaroma, numa madrugada em que o sonho não chegava. Na pior madrugada da minha vida. A de 27 de Novembro de 2003.
Não vale a pena pena dizer mais nada.

25 settembre 2006

Veneza



O Ofício de Viajante

Procurei dentro de ti
o repercutido som do mar
A voz exacta das plantas e um naufrágio
o deslizar das aves,
o amor obsessivo pelos espelhos
o rumor latejante dos sonhos,
as cores de um astro explodindo
o cume nevado de cada montanha
difíceis rios, os dias

vivi talvez em Roma
no tempo em que ali chegavam os trigos da Sicília
e os vinhos raros das ilhas
a fama remota dos ladrões de Nuoro
todo o meu corpo estremeceu ao mudar de voz
cresci com o rapaz,
embora nunca tivessemos sido irmãos

e quando ficámos adultos para sempre
alguém lhe ofereceu o ofício de viajante
eu morri perto de Veneza
e quando atirava pedras aos pássaros
sempre me ia lembrando de ti.

Al Berto

Lindo...
Vale a pena ir a Veneza,
vale a pena ler Al Berto, vale a pena lembrarmo-nos de quem é especial...

Michelangelo



A mão humana
num sopro divino...

Não encontro outras palavras
para descrever o que senti da primeira vez que visitei a Capela Sistina.
À saída, escrevi:


Michelangelo
è il poeta
E lo sculttore
che mi parla
di più.
Nelle sue poesie
nelle sue opere
si sente
la sua potezza
la sua dolcezza


Due forze che
quando si incontrano
ti fanno buttarti
in ginocchio
a chiedere di più.
Le storie che ha dipinto
nella Cappella Sistina
nutrono gli occhi,
le sue poesie
il cuore
perché in loro
ha aperto
il suo.

A tua música

A tua música
é concerto sublime no Olimpo
é allegro vivace
é seiva pura das florestas de Pan
dos encantos de Afrodite

A tua música
é poema gritante
contornando o meu corpo
nesta imparável dança
dos dias e da emoção

A tua música
é mão inquieta
palavra desejada
estátua embriagada
delírio inevitável
de um amor que entardece
junto ao rio

O teu silêncio
é pauta rasgada
gemendo
ainda e sempre
no meu coração

Escrevi este poema há uns anitos...
Tenho boas recordações destes tempos.
Ganhei com ele uma Menção Honrosa da Associação Portuguesa de Poetas e foi lido pelo meu querido e grande amigo Frederico (FRED, és uma pessoa linda!Obrigada por teres estado presentes nos piores e melhores momentos da minha vida.) no Palácio Galveias, em Lisboa.
Quase todos os meus amigos estiveram presentes.
É bom recordar...





My Immortal
By Evanescence


I'm so tired of being here,
Suppressed by all my childish fears.
And if you have to leave,
I wish that you would just leave.
Because your presence still lingers here,
And it wont leave me alone...

These wounds won't seem to heal,
This pain is just too real.
There's just too much that time cannot erase...

When you'd cried i'd, wipe away all of your tears,
When you'd scream i'd, fight away all of your fears.
And i've held your hand through all of these years,
But you still have all of me.

You used to captivate me,
By your resonating light.
Now i'm bound by the life you left behind.
Your face it haunts, my once pleasant dreams.
Your voice it chased away, all the sanity in me.

These wounds wont seem to heal...
This pain is just too real,
There's just too much that time cannot erase.

When you'd cried i'd, wipe away all of your tears,
When you'd scream i'd, fight away all of your fears.
And i've held your hand through all of these years,
But you still have all of me.

I've tried so hard to tell myself that you're gone,
But though you're still with me...
I've been alone all along.

When you'd cried i'd, wipe away all of your tears,
When you'd scream i'd, fight away all of your fears.
And i've held your hand through all of these years,
But you still have all of me.
















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Um dos filmes da minha vida...



















Eu desistiria da eternidade

Para te tocar

Pois sei que de alguma forma

Tu me percebes...

És o mais perto do céu que posso chegar

Não quero voltar para casa agora...

O único gosto que sinto

É o deste momento

E tudo o que tenho para respirar

É o teu amor

Porque cedo ou tarde

Isto pode acabar

Hoje à noite não te deixarei ir...

Eu preferiria sentir o cheiro dos teus cabelos

Dar um beijo na tua boca

Tocar uma vez na tua mão...

A passar a eternidade sem isso...

Do filme A Cidade dos Anjos

Cada um de nós tem a sua própria Cidade dos Anjos. O seu refúgio. Um lugar secreto onde tudo e possível. Esse lugar, para mim, tem um nome: Roma. Adorei o filme e adoro Roma.
Quando o revejo (e não são poucas as vezes!) penso no Castel Sant’Angelo.
Quando vou a Roma revejo-o mentalmente…
E continuo a pensar o quão belo teria sido se alguma cena tivesse sido filmada neste local fantástico, cuja magnitude nenhuma foto pode testemunhar.
Gosto muito de fotografia e aqueles que me conhecem sabem bem disso! Como tal, decidi partilhar, especialmente com quem não conhece este Castelo, a sua imagem.
Contudo, não quero deixar de referir o seguinte: no passado dia 22 de Setembro,
tive a (óptima) oportunidade de conhecer e conversar com a escritora Maria Teresa Maia Gonzalez,
que me disse algo que jamais esquecerei:
“As melhores fotografias são aquelas que tiramos com o coração”.
Tem razão. Mas também sabemos que “O coração tem razões que a razão desconhece”…



Em jeito de explicação...



Olá a todos! Surpreendidos pela nova versão do "Quem tem boca vai a Roma"?
Pois bem, deixem-me que vos explique, de forma breve, os motivos da recriação deste "blogar" nas línguas de Dante e de Camões...
Neste novo blog, pretendo, por um lado, "refrescar", a nível de forma e conteúdo, alguns posts do anterior e, por outro, voar noutras dimensões, não só ao nível da língua e cultura italianas, mas também na infinidade da palavra e do pensamento. Sem fronteiras linguísticas... Pronto, a bandeira está presente, ok! Mas ninguém é perfeito...
Deste modo, e porque "nada se perde, tudo se transforma", espero reiniciar o contacto com todos aqueles que já me conhecem, numa voz fiel à minha paixão por Itália e pela vida!
Espero, igualmente, conhecer novas pessoas e novos caminhos...
Porque "todos os caminhos vão dar a Roma"!

BENVENUTI!!!

P.S. - Aos meus amigos: prometo não escrever apenas em italiano!!!


Un'emozione Per Sempre
By Eros Ramazzotti
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