27 settembre 2006

Il Dolce Naufragar


L'Infinito

Sempre caro mi fu quest'ermo colle,
E questa siepe, cha da tanta parte
Dell'ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e mirando, interminati
Spazi di là da quella, e sovraumani
Silenzi, e profondissimamente quiete
Io nel pensier mi fingo; ove per poco
Il cor non si spaura. E come il vento
Odo stormir tra queste piante, io quello
Infinito silenzio a questa voce
Vo comparando: e mi sovvien l'eterno,
E le morte stagioni, e la presente
E viva, e il suon di lei. Così tra questa
Immensità s'annega il pensier mio:
E il naufragar m'è dolce in questo mare.

Giacomo Leopardi, Canti

Giacomo Leopardi é, provavelmente, depois de Dante e Petrarca, a maior figura da poesia italiana.
Influenciado por poetas gregos como Píndaro, Anacreonte, Homero e Safo, na escrita leopardiana transparece o recolhimento lírico e o amanhecer dos mais profundos sentimentos.Da sua obra poética, escrita entre 1818 e 1837, destaca-se o título Canti, onde se encontram reunidas algumas das suas mais belas composições poéticas de ardor pessoal e patrióticoas quais revelam ainda a influência de outro grande poeta, Alfieri, por quem Leopardi nutria grande admiração.
”L’infinto” é o mais curto dos seus poemas e também o mais evocado. É também o meu preferido.Trata-se de um poema-imagem onde as palavras leopardianas assumem o contorno de uma voz límpida, onde tudo se diz e se respira com a energia de um impulso vital.

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